quarta-feira, 23 de junho de 2010

Superliga - Filipe

Enquanto as atletas do Rio pintaram as unhas de rosa, as do Osasco foram de laranja, assim como a cor de seus uniformes, na partida de ontem, no Ibirapuera. As laranjas levaram a melhor.

Com Natália e Jaqueline em um dia inspirado, o Osasco venceu por 3 sets a 2 (25/23, 18/25, 19/25, 25/13 e 15/12). E, após quatro anos perdendo o título para o principal rival, derrubou um estigma de time que "amarela" na reta final.

Curiosamente, o amarelo foi a cor que ornou as unhas da principal jogadora da decisão: a oposto Natália, 21.

"Eu e a [líbero Camila] Brait quisemos ser diferentes e pintamos de amarelo", explicou Natália, entre sorrisos, com sua primeira medalha de ouro da Superliga pendurada no peito.

Com o primeiro set equilibrado (23 a 23), Natália acertou dois ataques que conduziram sua equipe à vitória (25 a 23);

No segundo set o time comandado por Bernardinho reagiu e dominou o jogo, vencendo por 25/18. Nesse tempo, o juiz, Carlos Cimino errou ao marcar como fora, uma bola de ataque de Natália, que havia resvalado do bloqueio de Erika. "Fiquei com muita raiva", disse Natália. A oposta do Osasco foi levou cartão amarelo, o que rendeu outro ponto para as rivais, e passou a virar todas as bolas a partir de então. Foi a maior pontuadora da partida, com 28 pontos (10, somente no tie-break), e a regente da torcida que lotou o Ibirapuera. Cerca de 10 mil pessoas foram ontem ao ginásio.
Na parcial seguinte, o Osasco praticamente atropelou: 25/13.

No tie-break, Natália voltou a crescer. O Rio chegou a abrir 4 a 0 logo no início. Mas Natália comandou a reação e incendiou a torcida, levando o time à virada: 5 a 4.
Daí em diante, os pontos se alternaram até Thaísa ir para o saque quando estava 10 a 9 para o Rio. Com a meio do Osasco no serviço e os ataques precisos de Natália, o time paulista disparou: 14 a 10. O Rio ainda esboçou uma reação, mas em um contra-ataque, Regiane mandou a bola para fora e a torcida no Ibirapuera explodiu.
Lágrimas molharam os olhos das atletas do Osasco. Há um ano, a tradicional equipe de São Paulo quase foi extinta por falta de patrocinador.

Após eliminar na semifinal o São Caetano, cujas jogadoras pintaram de verde suas unhas, a levantadora do Rio, Dani Lins, provocou: "Pega a acetona". Ontem, a acetona sobrou para o time carioca.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Superliga - Aline

Osasco conquista "na unha" a Superliga

Equipe vence Rio após perder título para maior rival nos últimos 4 anos

Com unhas amarelas, Natália marca 28 pontos e comanda vitória de time de SP, que quase foi extinto há um ano por falta de patrocinadores

Garra e união simbolizadas nas unhas. Disputando a sexta final seguida da Superliga feminina, Rio e Osasco lançaram mão de um mesmo elemento motivador para entrar em quadra ontem no Ibirapuera. Enquanto as atletas do Rio pintaram as unhas de rosa, as do Osasco foram de amarelo.
Com Natália e Jaqueline em um dia inspirado, o Osasco venceu por 3 sets a 2 (25/23, 18/25, 19/25, 25/13 e 15/12). E, após quatro anos perdendo o título para o principal rival, derrubou um estigma de time que "amarela" na reta final.
Curiosamente, o amarelo foi a cor que ornou as unhas da principal jogadora da decisão: a oposto Natália, 21. A atleta do Osasco foi a maior pontuadora da partida, com 28 pontos (10, somente no tie-break), e a regente da torcida que lotou o Ibirapuera. Cerca de 10 mil pessoas foram ontem ao ginásio.
"Eu e a [líbero Camila] Brait quisemos ser diferentes e pintamos de amarelo", explicou Natália, entre sorrisos, com sua primeira medalha de ouro da Superliga pendurada no peito.
E a atleta fez, de fato, a diferença nos momentos decisivos.
O título da Superliga foi decidido após um erro do juiz, Carlos Cimino, no terceiro set. Natália atacou, e a bola bateu na mão da Erika. Cimino não viu o toque no bloqueio, assinalou bola fora da Natália e deu ponto para o Rio. A oposta do Osasco foi à loucura e levou cartão amarelo, o que rendeu outro ponto para as rivais. "Fiquei com muita raiva", disse Natália.
Movida por essa raiva, Natália passou a virar todas as bolas a partir do fim do terceiro set e a contagiar o time. A cada ponto, abraçava técnico e colegas como se fosse um gol.
Até o ponto antes do erro do juiz, a história dos últimos quatro anos parecia fadada a se repetir. O Rio, após perder o primeiro set, caminhava para a vitória apoiado em suas qualidades, a de errar pouco, defender muito e não desistir do jogo.
O Osasco, atormentado por apagões nas horas decisivas, encerrou a temporada de forma bem diferente da anterior, quando perdeu o título e o patrocinador. O técnico Luizomar de Moura batalhou muito: conseguiu um novo patrocínio e manteve quase todas as jogadoras.
Após eliminar na semifinal o São Caetano, cujas jogadoras pintaram de verde suas unhas, a levantadora do Rio, Dani Lins, provocou: "Pega a acetona". Ontem, a acetona sobrou para o time carioca.