quarta-feira, 16 de junho de 2010

Superliga - Aline

Osasco conquista "na unha" a Superliga

Equipe vence Rio após perder título para maior rival nos últimos 4 anos

Com unhas amarelas, Natália marca 28 pontos e comanda vitória de time de SP, que quase foi extinto há um ano por falta de patrocinadores

Garra e união simbolizadas nas unhas. Disputando a sexta final seguida da Superliga feminina, Rio e Osasco lançaram mão de um mesmo elemento motivador para entrar em quadra ontem no Ibirapuera. Enquanto as atletas do Rio pintaram as unhas de rosa, as do Osasco foram de amarelo.
Com Natália e Jaqueline em um dia inspirado, o Osasco venceu por 3 sets a 2 (25/23, 18/25, 19/25, 25/13 e 15/12). E, após quatro anos perdendo o título para o principal rival, derrubou um estigma de time que "amarela" na reta final.
Curiosamente, o amarelo foi a cor que ornou as unhas da principal jogadora da decisão: a oposto Natália, 21. A atleta do Osasco foi a maior pontuadora da partida, com 28 pontos (10, somente no tie-break), e a regente da torcida que lotou o Ibirapuera. Cerca de 10 mil pessoas foram ontem ao ginásio.
"Eu e a [líbero Camila] Brait quisemos ser diferentes e pintamos de amarelo", explicou Natália, entre sorrisos, com sua primeira medalha de ouro da Superliga pendurada no peito.
E a atleta fez, de fato, a diferença nos momentos decisivos.
O título da Superliga foi decidido após um erro do juiz, Carlos Cimino, no terceiro set. Natália atacou, e a bola bateu na mão da Erika. Cimino não viu o toque no bloqueio, assinalou bola fora da Natália e deu ponto para o Rio. A oposta do Osasco foi à loucura e levou cartão amarelo, o que rendeu outro ponto para as rivais. "Fiquei com muita raiva", disse Natália.
Movida por essa raiva, Natália passou a virar todas as bolas a partir do fim do terceiro set e a contagiar o time. A cada ponto, abraçava técnico e colegas como se fosse um gol.
Até o ponto antes do erro do juiz, a história dos últimos quatro anos parecia fadada a se repetir. O Rio, após perder o primeiro set, caminhava para a vitória apoiado em suas qualidades, a de errar pouco, defender muito e não desistir do jogo.
O Osasco, atormentado por apagões nas horas decisivas, encerrou a temporada de forma bem diferente da anterior, quando perdeu o título e o patrocinador. O técnico Luizomar de Moura batalhou muito: conseguiu um novo patrocínio e manteve quase todas as jogadoras.
Após eliminar na semifinal o São Caetano, cujas jogadoras pintaram de verde suas unhas, a levantadora do Rio, Dani Lins, provocou: "Pega a acetona". Ontem, a acetona sobrou para o time carioca.

Um comentário:

  1. No final do primeiro parágrafo, houve alteração da cor: as atletas do Osaco pintaram as unhas de laranja; só a Natália e Camila pintaram as unhas de amarelo.

    Parece-me que a passagem entre o antepenúltimo e o penúltimo parágrafo cria alguma confusão. Depois de ler que "a história parecia fadada a se repetir", com o Rio caminhando para a vitória, o leitor espera um "mas" e a informação de que o Osaco conseguiu superar a desvantagem (ou algo parecido). Nessa altura do texto, a frase "encerrou a temporada de forma bem diferente" é menos evidente do que seria desejável. Eu escreveria algo como: "O Osasco, atormentado por apagões nas horas decisivas, virou o jogo e encerrou a temporada de forma bem diferente da anterior, quando perdeu o título e o patrocinador."

    No último parágrafo, mudar de repente de foco (do Osasco para o Rio) confunde. Isso já acontecia no texto original.

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