quinta-feira, 13 de maio de 2010

AULA 2 - Exercício de casa - Solução Luiz Gustavo

Ontem, de novo, a rua Capachós, no Jardim Pantanal (zona leste de São Paulo), encheu. A rua foi, durante dois meses, entre o final do ano passado e início deste, símbolo das inundações causadas pela ocupação desordenada da várzea do rio Tietê. A prefeitura instalou um caminhão munido de bomba d'água que sugava o líquido da rua e o lançava no leito do rio, a poucos metros de onde o calçamento termina.

Na quarta-feira passada, antes do feriado de Páscoa, caminhão e bomba foram retirados. Segundo o subprefeito de São Miguel Paulista, Milton Persoli, responsável pela área, "para que fosse feita manutenção".


Bastaram, contudo, 16 mm de chuva (média do Centro de Gerenciamento de Emergências até as 13h de ontem) para que a rua Capachós, de novo sem dragagem, voltasse a ser tomada pelas águas.

O dado novo em relação às cheias da virada do ano é que, agora, os 1.543 alunos do CEU Três Pontes, na mesma rua, não estão mais em férias. Às 18h15 de ontem, quando se encerraram as aulas, viam-se pais e crianças tentando transpor o aguaceiro imundo.
A maioria dos alunos utiliza uma passarela ligando a parte mais alta da rua Capachós à escola, passando por um conjunto habitacional -moradores também usam a passarela para evitar as águas.

O problema é que, entre os alunos, há os que moram exatamente na área alagada da rua -para eles, a passarela é inútil.

No auge do drama das enchentes no Jardim Pantanal, a praça localizada na parte alta da rua Capachós tinha uma tenda da Defesa Civil, outra da PM e do Corpo de Bombeiros (em que se viam veículos anfíbios), uma barraca da Sabesp distribuindo água potável e até um trailer do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, instalado lá a pretexto de ajudar as pessoas que quisessem sair da várzea do Tietê a encontrar um imóvel para alugar.

Desse aparato todo, ontem, só restava a base da PM. Segundo o subprefeito Miguel Persoli, "a empresa que fornece a bomba d'água garantiu que ainda nesta semana voltará a fazer a dragagem da rua".


* Se é para encurtar o texto, talvez se possa suprimir "a poucos metros de onde o calçamento termina" (final do 1o. parágrafo). Idem para "antes do feriado de Páscoa" (2o. parágrafo)

* Pensando-se me redução de frases, não se pode ir diretamente para "bomba d'água" em "um caminhão munido de bomba d'água"? Quanto a "para que fosse feita manutenção", seria possível enxugar: "para manutenção".

* No quarto parágrafo, talvez não faça falta "em relação às cheias da virada do ano". "Dado novo" e a informação de que agora os alunos estão em aula bastam para esclarecer o contraponto.

* fico na dúvida se a referência ao conjunto habitacional (4o. parágrafo) ainda tem função, uma vez retirado a adjetivo "novinho" (que criava certa ironia : novinho X cercado de esgoto). A passarela está no texto para mostrar precariedade e inutilidade parcial. Se para os moradores do conjunto a passarela funciona, não sei qual o significado para o texto dessa referência (dizer que de fato a passarela não é tão inútil quanto parece? Isso seria contraditório...).

* Se é para cortar, então "drama" poderia sumir em "no auge do drama das enchentes" (6o. parágrafo); o mesmo para "localizada" em "localizada na parte alta da rua Capachós"

* Que tal passar a faca em "instalado lá a pretexto de ajudar as pessoas que quisessem sair da várzea do Tietê a encontrar um imóvel para alugar"? Poderia resultar em algo como "instalado sob pretexto de ajudar quem quisesse deixar a várzea do Tietê".

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