Ontem, de novo, a rua Capachós, no Jardim Pantanal (zona leste de
São Paulo), encheu. Para quem não se lembra, a rua foi, durante
dois meses, entre o final do ano passado e início deste, a rua-símbolo das inundações causadas pela ocupação desordenada da várzea do rio Tietê.
A prefeitura havia instalado um caminhão com uma bomba d’água que sugava o líquido da rua e o lançava no rio. Na quartam passada, caminhão e bomba foram retirados. Segundo o subprefeito de São Miguel Paulista, Milton Persoli, para manutenção.
Bastaram 16 mm de chuva para que a rua, sem dragagem, voltasse a ser tomada pelas águas. O dado novo em relação à vez passada é que, agora, os 1.543 alunos do CEU Três Pontes, na mesma rua, não estão em férias. Quando se encerraram as aulas ontem,
viam-se pais e crianças tentando transpor o aguaceiro imundo.
A maioria dos alunos ganhou da prefeitura um caminho alternativo: uma passarela ligando a parte mais alta da rua Capachós à escola. O problema é que, entre os alunos, há os quem more exatamente na área alagada da rua _para eles, a passarela é inútil.
Vicentina de Arruda, 38, com seu sobrinho Pedro, 9, reclamou encolhida sobre uma pedra na calçada: ‘Isto aqui é água com cocô. A gente paga à Sabesp para ter água e esgoto, mas o esgoto está totalmente entupido.‘
No auge do drama no Jardim Pantanal, a praça na parte alta da rua Capachós tinha uma tenda da Defesa Civil, outra da PM e do Corpo de Bombeiros, uma barraca da Sabesp distribuindo água potável e até um trailer do Conse&lho Regional de Corretores de
Imóveis, instalado a pretexto de ajudar as pessoas que quisessem sair da várzea do Tietê e encontrar um imóvel para alugar.Ontem, só restava a base da PM.
Segundo o subprefeito, ‘a empresa que fornece a bomba d’água garantiu que ainda nesta semana voltará a fazer a dragagem’.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) ofereceu ontem ajuda ao Rio de Janeiro, que, segundo ele, poderá ser até em funcionários da Defesa Civil. ‘A nossa equipe está bastante experiente‘, disse.
* "Para quem não se lembra" é uma apresentação reórica (se estou lendo e continuo a leitura, quero me informar, lembrando ou não dos fatos anteriores).
* Não seria mau optar por somente uma das informações temporais em "Durante dois meses, entre o final do ano passado e início deste".
* Economiza pouquinho, mas "a rua-símbolo" poderia ser reduzida para "símbolo";
* Se é para economizar caracteres, penso que o caminhão não é o mais importante: não se poderia ir direto para "bomba d'água" em "um caminhão munido de bomba d'água"? Isso depois permite economizar em "caminhão e bomba foram retirados" (a bomba foi retirada).
* Para encurtar no nível da frase, "voltasse a ser tomada pelas águas" poderia ser enxugada: "voltasse a encher".
* No terceiro parágrafo, talvez não faça muita falta a explicação do dado novo ("em relação às cheias da virada do ano"). Já se sabe que é dado novo e informa-se que agora os alunos não estão em férias; acho que basta.
* Seria possível encurtar (e tornar mais direta e clara) a frase "O problema é que, entre os alunos, há os que moram exatamente na área alagada da rua - para eles, a passarela é inútil" para algo como "O problema é que a passarela é inútil para os alunos que moram na área alagada da rua".
* Se é para cortar, então "drama" poderia sumir em "no auge do drama das enchentes" (6o. parágrafo)
* Que tal passar a faca em "instalado lá a pretexto de ajudar as pessoas que quisessem sair da várzea do Tietê a encontrar um imóvel para alugar"? Poderia resultar em algo como "instalado sob pretexto de ajudar quem quisesse deixar a várzea do Tietê".
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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