O livro “A árvore do Brasil” ilustra a história do Brasil desde antes da chegada da Corte Real até a campanha pelas eleições diretas. Uma árvore, serve como elo de ligação entre as diferentes épocas e personagens.
A primeira ilustração (1800) mostra uma mata virgem, ocupada por indígenas e aves, exemplificando a boa convivência entre humanos, animais e a floresta. A árvore, cercada de vegetação semelhante, não se destaca.
Com a “chegada dos viajantes, naturalistas e caçadores (1820)”, os únicos animais que aparecem em destaque já estão domesticados. Na ilustração seguinte, chamada “Instalação do povoado” a floresta está devastada, dando destaque à personagem central.
Vinte anos depois, a escravidão já é bem visível na estrutura da sociedade e a paisagem natural torna-se escassa. Já em 1880 o verde torna-se apenas uma cor ao fundo da cidade.
Com a chegada da eletricidade e indústria, as ruas ficam mais vazias e organizadas. A árvore aparece como um elemento estranho na paisagem de concreto.
Em 1920 nota-se a desordem, quando Getúlio Vargas chega ao poder, em meio a greves e protestos.
Em 1960 os morros estão tomados de barracos, existem tanques nas ruas e militares e civis em conflito, que resultou no golpe militar. Vinte anos depois, a população está novamente nas ruas, dessa vez cobrando eleições diretas.
O livro termina com a história, a árvore e a cidade ficando esquecidas, atrás de um muro construído por operários.
Não é exatamente uma resenha, mas um resumo.
ResponderExcluirA marcação temporal "desde antes da chegada da Corte Real" é arbitrária (poderia ser, por exemplo, "antes da Independência")até porque essa menção não está vinculada a nenhum elemento das imagens. Tentativa de evitar "época colonial"? É melhor? Também "até a campanha pelas eleições diretas" não dá conta do momento final da narrativa visual da obra. Uma coisa é dizer que existe referência a esse evento, outra é sugerir que esse é o ponto final do arco histórico da narrativa.
A expressão "elo de ligação" é daquelas dobradinhas clássicas que na verdade escondem redundância. "Elo" basta.
Sem vírgula entre "Uma árvore" e "serve" (sujeito e predicado).
Falta vírgula para fechar o aposto em ",chamada 'Instalação do povoado',".
Quando você trata das ruas, o texto diz que elas ficaram "mais organizadas". É isso mesmo? Ou "mais definidas"? (porque se há uma coisa que nossas cidades não têm muito é "rua organizada", não é?)
Algum problema de marcação histórica em "Em 1920 nota-se a desordem, quando Getúlio Vargas chega ao poder". Estou sem o livro aqui, mas de todo modo a ascensão de Getúlio é em 30.
Falta um "o" antes do "que" ("o que") em "militares e civis em conflito, que resultou no golpe militar".
A frase do último parágrafo começa com uma construção um pouco ambígua, que obriga o leitor a refletir para vencer a estranheza inicial. Veja só: "O livro termina com a história". Muita gente já anunciou o fim da História; mesmo assim...!